sábado, 15 de agosto de 2015

A Expansão Marítima Europeia

Introdução

Processo histórico ocorrido, principalmente, entre os séculos XV e XVII.
Através das Grandes Navegações houve uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa, que posteriormente, possibilitará a Revolução Industrial na Inglaterra.
O Portugal e a Espanha foram as grandes potências para esta expansão marítima. E a expansão marítima teve um nítido caráter comercial.


Causas

  • Objetivo da burguesia da Europa Ocidental em romper o monopólio Árabe-Italiano (Gênova e Veneza) sobre as mercadorias orientais; 
  • A busca de terras e novas minas (ouro e prata) com o objetivo de superar a crise do século XIV; 
  • Expandir a fé; 



Objetivos

  • Especiarias (noz moscada, cravo, pimenta, etc.);
  • Pedras preciosas, cerâmica e seda;
  • Metais (ouro e prata);
  • Terras novas; 
  • Fiéis; 
  

Expansão Marítima um empreendimento caro.

Como acontece no século XXI com a exploração do espaço que é para meia dúzia de países rica e detentor de tecnologia; no início da idade moderna (séc. XV) as explorações dos oceanos, da mesma forma, eram para aqueles países que possuíam muito dinheiro e conhecimentos técnicos de construção de navios e instrumentos de navegação.

Apenas os Estados efetivamente centralizados tinham condições de levar adiante tal empreendimento. E a figura do Rei era importante para atuar como coordenador. O Rei cobrava os impostos e disciplinava os investimentos da burguesia para o empreendimento.
  


Pioneirismo português

  • Precoce centralização Política; 
  • Domínio das Técnicas de Navegação (Escola de Sagres);
  • Participação da Rota de Comércio que ligava o mediterrâneo ao norte da Europa; 
  • Capital (financiamento de Flandres); 
  • Posição Geográfica Favorável; 





Etapas da expansão portuguesa (principais)

1415 - Tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 - Ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 - Chegada ao Cabo Bojador;
1445 - Chegada ao Cabo Verde;
1487 - Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 - Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute);
1499 - Viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.






Espanha não ficou muito atrás

Em 1492, logo após completar sua centralização monárquica a Espanha inicia as Grandes Navegações Marítimas. O Cristóvão Colombo ganhou três caravelas dos Reis Católicos (Fernando e Isabel).  Com estes navios, o Colombo pretendia chegar às Índias, navegando no sentido oeste.  Quando chegou à América Central (=denominação de hoje) pensou ter chegado ao arquipélago do Japão.


Etapas da expansão espanhola (principais)

1492 - Chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 - Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.



O Tratado de Tordesilhas

Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos, ou a descobrir, resolveram assinar um acordo.
1)     Inicialmente, proposto pelo Papa Alexandre VI (em 1493).  Seria um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha.  O Portugal não aceitou esta proposta.
2)     Em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas.


Os atrasados

Por problemas de guerras internas os países abaixo, se atrasaram:

Inglaterra e França (após a Guerra dos Cem Anos, tiveram distúrbios políticos internos) e Holanda.



Conseqüências


  • Ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra.
  • Revolução comercial – unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
  • A decadência das cidades italianas, resultado da mudança do eixo econômico de Mediterrâneo para o Atlântico.
  • Formação do Sistema Colonial.
  • Escravismo em moldes capitalistas.
  • Hegemonia européia sobre o mundo.
  • Afluxo de metais provenientes da América para a Europa.
  • Ocorreu a adoção da política econômica mercantilista, que se baseava tanto no protecionismo do Estado como no regime de monopólios.

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