quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Renascimento Comercial e Urbano

Introdução

O período da história Medieval que vai do século XI ao XV. Corresponde a fase em que as principais características da Idade Média, principalmente o feudalismo, estavam em transição. Ou seja, é uma época em que o sistema feudal estava entrando em crise. Muitas mudanças econômicas, religiosas, políticas e culturais ocorrem nesta fase.

O fortalecimento do comércio e o surgimento da burguesia favoreceram o desenvolvimento e surgimento de muitas cidades.


Fatores

1) Fim das invasões: século IX; estabelecimento da paz na Europa – fim das Cruzadas.
2) Inovações técnicas e expansão da agricultura (arado de ferro com rodas, moinho hidráulico, e a utilização da força animal [bois, cavalos], secagem dos pântanos, etc.).
3) Crescimento demográfico.
4) Cruzadas (produtos de saque – jóias, tecidos, temperos, etc. eram comercializados no caminho de retorno).
5) Saída dos muçulmanos do Mediterrâneo.
6) Retomada do comércio com o Oriente.


Renascimento Comercial

As cidades italianas foram beneficiadas pelo Renascimento Comercial na Idade Média, por seguintes motivos principais:
1)      Localização geográfica favorável – Mar Mediterrâneo.
2)      Fortalecimento das ligações comerciais com o Oriente, durante 4ª Cruzada, onde se obteve o direito à distribuição de mercadorias orientais pelo continente europeu.

Em Norte da Europa, o comércio ampliou-se na região do mar Báltico e mar do Norte, destacando-se a região de Flandres, devido a sua produção de lã.

As regiões norte e sul da Europa foram interligadas por rotas terrestres e fluviais criadas pelas atividades comerciais.  As feiras eram locais de compra e venda de produtos dos negociantes.  Até o século XIV as feiras mais importantes eram na região de Champanhe (França).


Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida às atividades bancárias.  Com isso a terra deixava de ser a única fonte de riqueza e um novo grupo social surgiu: comerciantes, ou mercadores.


Resumo

Com o sistema feudal em decadência, surgiram novas técnicas de produção. Essas técnicas fizeram com que a mão-de-obra daquela época migrasse da agricultura para outras funções, como artesanato e comércio. Assim, o comércio foi ressurgindo em vários lugares da Europa Ocidental.

As principais cidades da rota comercial européia eram Veneza e Gênova, que devido a sua posição geográfica privilegiada, tornaram-se grandes centros urbanos e comerciais.

Na região norte da Europa, o comércio era controlado pela Liga Hanseática, uma associação comercial de mais de 80 cidades. Com sede em Lübeck, essa associação comercial comercializava principalmente, madeira, peixes, tecidos, cereais, ferro e cobre. A região de Flandres também era outro importante centro comercial, que se destacava pelos seus produtos de lã.

Com a expansão comercial em toda a Europa Ocidental, foram estabelecidas também, rotas comerciais, sendo que a principal liga as cidades da Itália à Flandres, passando pela França. Nessas rotas, grandes feiras eram estabelecidas, como a da região de Champagne, Flandres e Frankfurt.

O renascimento comercial da Europa Ocidental fez com que a circulação de dinheiro e a economia das regiões crescessem, ocasionando também, o florescimento das cidades.





Renascimento Urbano - Resumo

Muitas cidades surgiram a partir dos burgos, que eram conjuntos de habitações fortificadas que serviam de residência para os burgueses (comerciantes e banqueiros). Com a dinamização da economia nas cidades, em função do comércio, muitas pessoas começaram a deixar o campo para tentar a vida nos centros urbanos. Portanto, nos séculos XIV e XV, a Europa passou por um importante processo de êxodo rural (saída das pessoas do campo para as cidades).














Os burgos parecem muito com condomínios fechados que existem aqui no Brasil (séc XXI).




Com mais pessoas morando nas cidades européias, as necessidades e transformações aumentaram muito. Começaram a surgir novas profissões e oportunidades de trabalho. O dinheiro, principalmente moedas de ouro e prata, começou a circular com maior intensidade.

O câmbio, por exemplo, começa a funcionar na sociedade, pois com o avanço do comércio eram necessárias as trocas de moedas, para o bom funcionamento das relações comerciais entre as várias regiões da Europa. Nesta época, cada cidade ainda possuía um tipo de moeda diferente. (Mesmo ainda hoje, com o EURO, ainda existem países da comunidade europeia que não usam esta moeda comum à maioria dos países europeus).

Surgiram também os banqueiros para garantir e proteger, com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses. Cheques, cartas de créditos e outras modalidades financeiras também começaram a ser utilizadas neste período.

Com o surgimento de novas profissões, também, apareceram organizações dos trabalhadores: Os artesãos e comerciantes começaram a se organizar como uma maneira de obterem melhores resultados em suas atividades. Os artesãos criaram as corporações de ofício, enquanto os comerciantes estabeleceram guildas (semelhante a sindicatos de hoje).

Existiam guildas de alfaiates, sapateiros, ferreiros, artesãos, comerciantes, artistas plásticos entre outros profissionais. As guildas tinham como objetivo principal a defesa dos interesses econômicos e profissionais dos trabalhadores que faziam parte delas. As guildas controlavam: a qualidade, a quantidade, o preço, o salário e o número de empregados.






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